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20.4.10

O projecto do artista Fernando Rocha é entrar para o Guines.


O objectivo de Fernando Rocha é, no prazo de dois anos, pintar 13.500, o que significa 13 gravuras ou desenhos diários, ultrapassando o recorde obtido pelo pintor espanhol Pablo Ruiz.
La Mancha, que iniciou no Algarve exposições - diz que quantidade também pode ser qualidade: "A pintura moderna não é uma questão de qualidade, ou se gosta ou não se gosta. Há gente que não gosta de Picasso e isso pode acontecer também comigo", afirma, enquanto aplica a espátula em mais uma das suas obras.
Com estilos que passam pelo figurativo, expressionismo ou surrealismo, o pintor usa, para além da pintura, técnicas como a espatulada, aerografia, serigrafia e xilografia, técnicas em que todos os processos serão manuais.

 Pintar ao vivo durante as exposições.
"Estive quatro anos a preparar-me entre pinturas gravuras e desenhos. Pinto ao vivo durante as exposições. Não estou a competir com Picasso diretamente nem o estilo nem o feitio. O recorde é do Sec. passado e em quarenta anos ainda ninguém tentou bate-lo e é tempo suficiente eu tentar superar", palavras de Fernando Rocha enquanto bebíamos um café.
Nascido em 1959 no Recife, Brasil, Fernando Rocha trabalhou como cenografista na Globo, e também como serigrafista. Já realizou diversas exposições colectivas no seu país natal e também em alguns países europeus.

La Mancha inspirou-se nesta figura Bíblica do antigo testamento.
Picasso viveu até aos 90 e tal e realizou 13 mil e quinhentas obras de arte, com tempo, pensamento e genialidade. Obras de ruptura técnica e conceptual que hoje a maioria não consegue ainda entender mas é considerado um dos pintores mais ativos de sempre.
"Muita gente não gostava dele e até hoje ainda há gente que não gosta de Picasso. No início diziam que pintava muita coisa e muito rápido", admite em conversa comigo Fernando Rocha, mais conhecido por "La Mancha".

Agradeço a sua (e de sua esposa) atenção, receptividade, convívio e palavras.