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13.10.11

CORES DO OUTONO

Os dias tornam-se mais curtos e as noites mais frescas. Este Ano, as temperaturas estão muito acima do normal. Pigmentos ocultos de amarelos, vermelhos e outros matizes. Espectáculo de cor, a estação do descanso, as árvores exibem ramos nus que deveriam estar salpicados de alguma chuva.
Esta é uma das maravilhas naturais do mundo, com um pôr-do-sol imperdoável sobre o barrocal Algarvio.
Existem vários locais a partir dos quais podemos optar por desfrutar das sombras de vermelho que iluminam o céu ao pôr-do-sol. E não há nada como passear num bicicleta ao longo do barrocal à medida que o sol se põe.
O sol afunda-se lentamente por trás das árvores.
O pôr-do-sol está lá para ser apreciado.
Nem precisa de ir de férias para desfrutar de um pôr-do-sol. Ao final da tarde, seja na praia, no cimo de uma montanha, na estrada ou da varanda de sua casa conseguirá apreciar o sol a pôr-se, as cores em tons alaranjados a desenharem-se no céu... Mas se planeia tirar uns dias de descanso neste Outono, há alguns pores-do-sol que sobem à categoria de melhores do mundo. É mesmo imperdoável.
Estas musas do mundo animal sempre inspiraram no homem os melhores contos de fadas de que há memória. A leveza com que pairam na nossa frente e a delicadeza com que poisam em flores e pequenos galhos, traduz a materialização de um sonho antigo e, em certo sentido, a encarnação da pureza e inocência naturais.
Às libelinhas… Vejo-as como pequenos seres de luz, embora compreenda que o seu papel neste nosso planeta azul está muito longe desta visão romântica.
(1)Todos os anos milhares de milhões de borboleta, libelinhas, mariposas e outros insectos migram através dos continentes. Conseguem voar a 5 metros por segundo.
Uma libélula possui reservas de gordura em torno de 300 miligramas, que lhe permite voar cerca de 8.3 horas, o que daria cerca de 150 km. As libélulas optam contudo por não gastarem demasiado, voam durante períodos curtos e mantêm sempre alguma gordura no corpo. Mesmo assim, um avanço desta ordem significa que estes animais fazem cerca de 700 km durante os dois meses que dura a estação migratória nestas libélulas.
(1) Artigo de Martin Wikelski e colegas na revista Biology Letters.
(1) Os insectos ganharam os ares muito provavelmente há mais de 400 milhões de anos, muito antes das aves. Confrontados com um problema semelhante, as aves e os insectos migradores evoluiram de forma independente para uma solução muito parecida. Há, no entanto, uma diferença entre aves e libélulas migradoras. Os insectos que regressam na Primavera seguinte não são os que partiram no Outono, mas sim uma nova geração.
STEVE JOBS. Apagou-se a magia. Sem ele, a corrente já não vai ser a mesma. Muito do seu tempo que passou longe da família foi passado a melhorar as nossas vidas, de pormenor em pormenor, com um perfeccionismo escusado. Obrigado.